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Olá!
Eu sei que fiquei muito ausente aqui no blog! Estava olhando que o último post foi publicado no dia 05 de outubro de 2015. Mas é muito tempo, não? Sim, é um tempão! Estive tão dedicada aos meus afazeres diários, na minha vida pessoal, profissional e também estava tão ativa e adepta aos esportes que pratico, que nem vi o tempo passando!
Esses dias atrás, veio em minha mente: o blog! O blog, meu deus! Preciso retomar ao meu blog! hehe!
Mas agora sou obrigada a retornar ao blog para contar uma novidade! Isso mesmo, uma belíssima novidade! Eu creio que sim, que é uma ótima notícia! Mas vou contar com muito carinho desde o início!
Devido aos meus afazeres, estava tão acostumada com a minha rotina de sempre como citei no início deste post até que em um momento do final da tarde do dia 07 de julho de 2016, recebi uma notícia pela minha mãe e quase cai de costas (juro que senti algo puxar de minhas costas do susto que levei...hehe) e depois cai aos prantos de alegria e choros, por esperar quase um ano e meio (18 meses).
- Minha mãe diz: Carla, precisamos estar em Curitiba no domingo, dia 10 de julho para internar e você fará a sua cirurgia do implante coclear no dia seguinte!
- Eu: Mas como tão rápido assim? Já? Veio primeiramente em minha mente, o meu trabalho! Tantas mudanças acontecendo no trabalho! Já? Agora? Preciso avisar minha supervisora!
- Mãe: Olha, eu tentei! Pedi para a próxima semana, mas o médico explicou que não tem possibilidade, pois são regras do hospital que tem uma fila para pacientes e no final da conversa o médico me disse com essas palavras, claro brincando: É pegar ou é largar? Hehe!
Mas é claro que minha mãe não teve como recusar, finalmente era o meu momento. Então, avisei a minha supervisora, me virei nos trinta, fiz o que pude no trabalho, na sexta-feira e inclusive trabalhei no sábado que era para ser folga, mas tudo para uma boa causa! Compartilhei essa notícia com os meus amigos mais próximos e familiares e simplesmente agradeci a Deus por essa notícia! E percebi também que as pessoas ao meu redor ficaram surpresos e vibraram junto comigo.
No sábado a noite, eu e minha mãe embarcamos à Curitiba! Lá, fomos recebidas pela minha prima que recentemente se mudou com a família para a cidade de Pinhais, pertinho de Curitiba. Combinamos que depois da cirurgia, iriamos ficar na casa deles.
Eu estava tranquila, que até a minha mãe se surpreendeu! Afinal, eu pesquisei tanto, estudei tanto, conversei com diversas pessoas e me preparei para isso! E ela ficou tranquila também!
Me internei no Hospital das Clínicas às 19hs no dia 10 de julho, entrei em jejum total às 22hs e cai no sono! Ah, a estrutura do hospital, a equipe médica e enfermagem são excelentes. Me surpreenderam definitivamente! Percebi que isso é muito importante para o paciente se manter tranquilo.
No dia seguinte, o dia mais esperado de todos os dias - um grande presente de Deus! - me preparando para ir ao centro cirúrgico que estava prestes a acontecer tão cedo. Vieram duas enfermeiras sorridentes e maquiadas me buscar no quarto e pediram para deitar na maca que elas irão conduzir. Dei tchau para a minha mãe! E fomos conversando até chegar no andar do centro cirúrgico. Me encaminharam a uma sala de repouso para aguardar os profissionais da equipe médica do Dr. Rogério Hamerschmidt (que é um dos meus anjos da guarda na minha vida). Vieram a Dra. Ane e Dr. Luiz me buscar para levar ao centro cirúrgico, me prepararam para a cirurgia, conversaram comigo até que dormi devido à anestesia geral. Sei apenas que estava em boas mãos - a equipe do Dr. Rogério!
Acordei às 10hs38, com alguém me mexendo. Eu estava de volta na sala de repouso! Estava me levantando e o anestesista me dizia, para ficar deitada. Primeira coisa que veio em minha mente, se fui operada no ouvido esquerdo (pois havia sonhado há um tempo atrás que haviam operado no ouvido direito, mesmo decidido que era o ouvido esquerdo), coloquei a mão na minha cabeça e fui apalpando até que percebi que estava com uma faixa e um protetor no ouvido esquerdo e me deu um certo alívio. Vi alguém loiro (era o meu médico, pois ele me confirmou depois que era ele) e pedi se todos os eletrodos foram ativados e ele me respondeu: Sim, todos ativados, deu tudo certo e foi um sucesso! Fiquei tão feliz e retornei a dormir. Acordei novamente às 13h38 e ainda estava na sala de repouso pois estava em observação. Retornei ao quarto próximo das 14hs.
Eu estava com sintomas de fraqueza por estar quase 15 horas sem comer, tonturas, sonolência e eu estava muito inchada devido a cirurgia e medicamentos. São os sintomas normais do pós cirúrgico! Existem casos de pessoas que não tiveram tonturas. Mas também tive que ter alguns outros cuidados comuns, como não ficar se levantando da cama, não dormir no lado operado, não ficar mexendo a cabeça. Um detalhe, eu estava com muita dor em todo o lado esquerdo da cabeça até o pescoço e reclamava de dores, mas enquanto não vinha um médico da equipe não podia fazer nada! Sentia que a faixa estava muito apertada...
Nisso, recebi uma visita especial do meu outro anjo da guarda, a querida fonoaudióloga Valéria. Conversou comigo e me deixou tranquila por uma situação que ocorreu devido a tontura e pressão baixa. Ela também não podia mexer na faixa e pediu para aguardar o médico da equipe. Mais tarde, veio um médico da equipe, a qual reclamei da dor e finalmente soltou um pouco a faixa. Foi um alivio tão grande! No dia seguinte pela manhã, 12 de julho, novamente recebi a visita da Fonoaudióloga Valéria e logo recebi alta do médico para ir para casa, mesmo com sintomas de tonturas leves e desequilíbrios. A recuperação em casa é muito mais rápida.
Minha prima nos buscou, teve todo o cuidado de conduzir o carro, pois não podia ficar mexendo a cabeça, que poderia causar mais desconforto e eu tive todo o cuidado de ficar firme e intacta sem mexer o pescoço por alguns dias. Ficar com a família não tem preço! Ainda mais as crianças de minha prima que são a alegria da casa, mas eu tinha que ficar sem mexer a cabeça. Apenas mexendo mais os olhos. hehe!
Na quarta-feira, 13 de julho de 2016, retornei ao hospital para a retirada da faixa e me trouxe mais leveza na cabeça, porque a proteção do ouvido estava com muitos gazes no interior dela pressionando a orelha também que é muito sensível.
Percebi que raspou pouquinho o cabelo e fez pontos muito bonito! Achei que iriam raspar mais e não é que ficou um trabalho bem feito! Me trouxe mais motivos de felicidade!
E assim, segui os cuidados médicos no decorrer da semana, como tomar medicamentos nas horas determinadas, não mexer a cabeça, cuidado para não bater a cabeça, deitar somente no lado não operado (essa foi a parte mais difícil, pois estava acostumada a deitar no lado esquerdo), ou seja, tive que ficar de repouso. Embora que o frio de Curitiba, me deixou mais contraída e dolorida, me deixou tensa, mas foi nesse momento que fui criando um laço afetivo, um carinho, um amor pelo meu implante coclear que está dentro de mim! Senti somente gratidão por ter dado tudo certo até agora!
Recebi a minha primeira visita especial, uma amiga implantada que mora em Curitiba e passei por momentos de relaxamento e descontração.
Finalmente, na segunda-feira, 18 de julho, retornei ao hospital, revi o Dr. Rogério, a Fono Valéria e também a Fono Gislaine, que me avaliaram e viram que estou bem! Me orientaram a começar a mexer a cabeça, caminhar um pouco mais para melhorar a circulação sanguínea devido ao frio e me tirar da tensão, pois estava muito dolorida e com tonturas. Me deixaram cientes da importância da ativação que vai acontecer no dia 22 de agosto de 2016 e também as obrigações com a reabilitação auditiva!
Vim para casa em Toledo e me adaptar novamente aqui e me preparando para retornar ao trabalho. Olha que estou com saudades do meu trabalho! Ainda sinto caminhando tipo "flutuando", mas estou melhorando e me mexendo mais. No próximo post, conto para vocês como está sendo a minha vida após o implante!
Um abraço!